Metaverso, grande demais para ser ignorado.
arquiteto usando óculos de metaverso, construindo um modelo

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O ano é 2021, o mundo está passando por um evento global que transforma as relações entre pessoas, marcas, empresas e negócios, uma pandemia mundial veio no ano anterior e forçou milhões, senão bilhões, de pessoas a se isolarem.

Nesse mesmo ano, em outubro um gigante mundial da tecnologia decide mudar o seu nome para Meta e se apropriar do conceito de metaverso, algo que conceitualmente já era conhecido (pelo menos desde os anos 90) mas não chamava a atenção da maioria das pessoas como uma possível realidade.

A partir deste momento o termo metaverso passa, de forma constante, a fazer parte da nossa realidade mesmo que, para a grande maioria seja difícil entender o que fazer com isso.

Se formos simplificar e trazer para conceitos que já estamos expostos ao longo de décadas metaverso é a junção de modelos e tecnologias que vêm evoluindo ao longo de anos como games, realidade virtual, realidade aumentada, blockchain e outros. Todos juntos e misturados, em um ambiente imersivo (ou não) onde poderá ser criada uma realidade própria com interações especificas, sejam elas profissionais, sociais comerciais ou de quaisquer outras espécies.

Iniciativas como Roblox, Fortnite, Decentreland, The Sandbox e outras movimentam hoje milhões de usuário ativos diariamente e geram faturamentos na casa do bilhões de dólares, como é o caso do Fortnite que gerou USD 9 bilhões em vendas entre 2018 e 2019.  

No outro extremo temos empresas como Microsoft e a própria Meta que mantém investimento anuais na casa de dezenas de bilhões de dólares no desenvolvimento de seus próprios conceitos.  

Tomando algumas projeções feitas por empresas como Mackinsey & Company estima-se um valor gerado entre USD 200 a USD 300 bilhões de dólares em 2022, com projeções (otimistas) de chegar de USD 4 a USD 5 trilhões até o ano de 2030.

 E como marcas e empresas estão explorando o metaverso?

 O relacionamento com o consumidor e seu engajamento é um dos principais pontos de atenção para marcas criarem um canal de relacionamento e engajamento com seus clientes.

A Nike, por exemplo, lançou uma campanha de realidade virtual para promover seu tênis Air Max 2090 permitindo que os usuários experimentem o tênis em ambiente virtual. Isso resultou em 26 milhões de visitantes na Nikeland, desenvolvido dentro do Roblox, e vendeu mais de USD 185 milhões em NFTs para tênis e acessórios digitais.

Empresas como Starbucks aproximam a relação com seus consumidores através de viagens virtuais à fazendas de café, eventos e games que podem desbloquear benefícios em seus programas de fidelidade.

E marcas globais como Audi, apresentam lançamentos através do Metaverso criando concessionárias virtuais e imersivas que permitem ao consumidor “entrar” e “pilotar” o veículo antes mesmo dele estar nas lojas.  

Outro conjunto de aplicações importantes são os chamados gêmeos digitais, vindo da tradução livre do inglês digital twins; no qual consegue-se simular neste ambiente cada componente, processo ou ator de qualquer sistema produtivo, negócios e ou cadeia de distribuição; e conectá-lo com o processo e os resultados obtidos em aplicações reais.

Ao construir réplicas digitais de parâmetros e objetos físicos podemos, em tempo real avaliar seus impactos e gerar análises que proporcionem melhoria contínua de processos de produção e logística.

Empresas como ABB utilizam modelos computacionais avançados para projetar e evoluir seus produtos, este é o caso do projeto MX3D um braço robótico para impressão 3D que teve todo o seu processo de evolução baseado em digital twins.

BMW, Hyunday e outras montadoras em todo o globo utilizam o mesmo processo para avaliar e testar seus produtos, aumentando a velocidade de desenvolvimento e otimizando a taxa de sucesso de seus projetos.

Ok e o que eu faço com isso?

Correndo o risco de ser repetitivo, o metaverso é um fenômeno muito grande para ser ignorado, devemos estar atentos para entender que ambientes, iniciativas ou estratégias se encaixariam à nossa marca ou empresa sempre avaliando os seguintes pontos:

  1. Potencial de crescimento: está em constante evolução e pode oferecer novas oportunidades para a empresa crescer e ampliar sua presença digital.
  2. Concorrência: é importante considerar a presença da concorrência neste ambiente e como eles estão utilizando essa tecnologia.
  3. Investimento: ele pode exigir investimentos significativos em tecnologia e recursos humanos logo é importante avaliar se esses investimentos valem a pena para a empresa.
  4. Novas oportunidades de negócios: pode-se trabalhar a criação de novos produtos e serviços, ou a ampliação da base de clientes.
  5. Estratégia de marketing: é importante considerar que ele pode ser usado para aumentar a conscientização da marca e atrair novos clientes.
  6. Talentos: ter uma equipe capacitada e bem treinada para desenvolver e implementar soluções de metaverso é fundamental.
  7. Ética e privacidade: é importante levar em consideração questões éticas e de privacidade relacionadas ao seu uso, como o uso de dados pessoais dos usuários.

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Devemos estar atentos ao que esta ferramenta pode trazer de benefícios tanto na relação e engajamento de nossos clientes, como no entendimento aprofundado de produtos e processos. Para qualquer caso, entender o potencial, planejar, experimentar, aprender e evoluir são fundamentais para capturar todo o potencial oferecido.

Fale com um de nossos consultores, teremos o maior prazer de explorar esta jornada com você e entender os melhores caminhos para o seu negócio.

Ricardo Caramonete

Ricardo Caramonete

Engenheiro eletrônico de formação, e desde 2001 imerso no universo de telecomunicações e tecnologia. Há 8 anos, atuo como Diretor de Operações do Portotech e sou membro do Conselho da Goalmedia. Apaixonado por iniciativas que envolvem a cultura de inovação e empreendedorismo, me especializei na criação de ecossistema de negócios.

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